quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pilates para idosos...

Olá!!!

Já sabemos que o método Pilates foi desenvolvido pelo alemão Joseph Pilates e também que é um programa completo de condicionamento físico e mental que objetiva a melhoria do equilíbrio muscular. Trabalha o corpo como um todo, corrigindo e realinhando a postura, tonificando a musculatura e melhorando a qualidade de vida.

JP procurou juntar os melhores aspectos dos exercícios orientais e ocidentais (equilíbrio entre esses dois mundos). Do Oriente, trouxe as filosofias de contemplação, relaxamento e a ligação entre corpo e mente. Do Ocidente, trouxe a ênfase no enrijecimento muscular e a força, a resistência e a intensidade de movimento. Pelo fato de utilizarmos o corpo todo e não apenas uma parte dele, equilibramos o uso de músculos mais superficiais com músculos mais profundo.

Possuímos quatro camadas de músculos abdominais (reto abdominal, oblíquo externo, oblíquo interno e transverso abdominal) que trabalham com os músculos da coluna (multífidos) para formar o centro de força. Os praticantes de Pilates também precisam incluir o assoalho pélvico para uma efetiva estabilização da cintura pélvica. Localizados na parte de baixo da pelve (antigo osso da bacia), o assoalho pélvico consiste de músculos utilizados para controlar o fluxo de urina e fezes. Fortalecer estes músculos nas pessoas idosas é importante, pois neste período a incontinência urinária e fecal é muito freqüente .

Devemos pensar também na postura quando trabalhamos com idosos. A postura incorreta faz mais do que diminuir a auto confiança e a dignidade: obstrui a respiração, tensiona os músculos e ligamentos e pode afetar adversamente as articulações da coluna, propensas a artrite, artrose e dor generalizada. Basicamente as alterações de postura do idoso são: cifose constituída pela cifose dorsal e cervical – a cabeça é projetada para frente e os ombros ficam cronicamente curvados, repuxando apenas os músculos do pescoço; diminuição da curvatura lombar; aumento do ângulo de flexão do joelho e o deslocamento da articulação coxofemoral para trás e a inclinação do tronco para frente.

Mais um benefício do Pilates, é o aumento da flexibilidade, pois os exercícios de alongamento são constantes. Com o envelhecimento, torna-se maior o número de ligações de colágeno intra e intermolecular, o que dificulta o “deslizamento” das proteínas. O tecido fica mais rígido, menos elástico e mais propenso a lesões. Com um estilo de vida pouco ativo, o envelhecimento, a imobilização e as doenças neuromusculares diminuem o tamanho e a quantidade de tecido colágeno. Conseqüentemente, o tecido muscular se enfraquece e a elastina aumenta proporcionalmente.

Sabe-se que exercícios de alongamento estimulam a renovação de colágeno para suportar maior estresse. Além disso, melhoram a homeostase entre as glicosaminas e a água, conservam o espaçamento interfibrilas e diminuem as condições favoráveis a formação de adesões. É importante para o idoso manter índices de flexibilidade, porque com isso consegue-se interromper a redução natural da flexibilidade. Assim os efeitos dos exercícios de alongamento são positivos independentes do aumento da flexibilidade (Achour Jr, 2006).

Com o decorrer dos anos, nossos ossos enfraquecem junto com o corpo. Na osteoporose há muita fragilidade do esqueleto e maior suscetibilidade à fratura após pequenos traumas, além de dores nas costas devido à contraturas musculares ou por microfraturas e deformidade da coluna com diminuição da altura da pessoa. Geralmente o fêmur e a coluna são as mais acometidas.

Os exercícios de Pilates trabalham o fortalecimento dos músculos envolvidos com estas estruturas e de extensão da coluna visando melhora da força muscular, condicionamento físico e coordenação (Frontera, 2001).

“Se aos 30 anos você está sem flexibilidade e fora de forma, você é um velho. Se aos 60 anos você é flexível e forte, você é um jovem” (Joseph Pilates)

Até mais!!!

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